sábado, 10 de abril de 2010

A IGREJA DO MEU BAIRRO

Projeto inscrito no X Prêmio Arte na Escola Cidadã - Instituto Arte na Escola – selecionado como um dos finalistas do concurso.






INTRODUÇÃO

Desenvolvido durante todo o ano letivo de 2007, o projeto “A Igreja do Meu Bairro” foi realizado com as turmas das 6ªs séries (A, B e C). A idéia do projeto surgiu da necessidade de conciliar o estudo da Arte Românica e Gótica européia com elementos artísticos atuais.
A Arte Românica e Gótica referem-se à arte desenvolvida durante a Idade Média. Neste período o poder da igreja católica foi fortalecido e ela exercia a função de detentora do conhecimento e das artes. Período durante o qual os únicos prédios públicos que eram construídos eram as igrejas e os mosteiros. A pintura e a escultura estavam diretamente relacionadas à arquitetura que representava a principal manifestação artística da época.
A motivação para esse projeto surgiu da necessidade de relacionar o estudo da arte medieval, com elementos artísticos atuais e adaptar esse estudo às modalidades artísticas que poderiam ser desenvolvidas pelas turmas. Buscamos analisar e compreender as características dos estilos românico e gótico, assim como, apontar se eles ainda estão presentes nas construções sacras atuais.

OBJETIVOS

• Conhecer características da produção artística medieval, em especial dos períodos românico e gótico;
• Relacionar as construções atuais com as construções dos séculos XI e XII;
• Conhecer, para melhor entender, as construções religiosas do nosso bairro e da nossa cidade;
• Voltar o olhar para os detalhes artísticos (arquitetônicos, pictórico e escultural) das igrejas de nosso bairro e de nossa cidade;
• Produzir trabalhos artísticos (desenhos, colagens e pinturas) tendo como inspiração a construção sacra do bairro.


ATIVIDADES

Planejamos atividades que envolvessem os alunos nas três pontas da visão triangular do ensino de arte: o fazer, o refletir e o contextualizar sua produção artística. Iniciamos trabalhando a contextualização histórica dos estilos românicos e góticos e analisando as principais características da produção artística do período medieval. Utilizamos recursos gráficos (fotos e reproduções), recursos audiovisuais (cenas do filme “As Cruzadas” e material coletado na internet sobre o tema), trabalho de campo (os alunos realizaram essa etapa sozinhos, em seus respectivos bairros) e atividades práticas de produção em artes plásticas. A pesquisa de campo foi composta de uma visita a igreja do bairro em que o aluno reside, ou outra igreja escolhida por ele, para a coleta de informações (data da construção? qual santo é o padroeiro? quem foi o arquiteto? se tem pinturas, qual o artista? o que retratam? etc.). Essas informações compuseram um “Relatório de Pesquisa” que acompanhou o “Desenho da Igreja Pesquisada”. Essa outra etapa, desenho da igreja, os alunos realizaram sozinhos. Já em sala de aula realizamos a ampliação do desenho da igreja utilizando a técnica do quadriculado. Consistiu em quadricular a imagem (desenho da igreja feito pelo aluno) com pequenos quadrados de 1ou 2 centímetros. Esses quadrados foram numerados horizontalmente e verticalmente. Em seguida outra folha de papel de tamanho maior, foi quadriculada com o mesmo número de quadrados que o desenho, entretanto os quadrados foram maiores de 5 a 10 centímetros. Esses foram também numerados. Explicadas as relações entre o desenho da igreja feito e quadriculado pelo aluno e a folha maior quadriculada com quadrados maiores, teve início o trabalho de transferir/ampliando o desenho da igreja para a folha maior.
A participação dos alunos nessas atividades aconteceu de forma intensa. Todas as atividades foram desenvolvidas individualmente e cada um foi o responsável por sua própria produção. Após a superação do desafio matemático, quadriculado e transferência/ampliação do desenho, teve início a outra etapa do trabalho: a colagem.
Nessa etapa utilizamos revistas antigas levadas por mim e outras que consegui em campanhas que realizei junto aos alunos e aos colegas professores do colégio. Separadas as cores cada aluno iniciou seu trabalho de mosaico preenchendo com pequenos pedaços de papel colorido o seu desenho ampliado.
A etapa seguinte foi a transferência do mesmo desenho para uma tela de pintura e sua posterior pintura com tinta acrílica. Chamamos essa etapa de: “Pintura em acrílica da igreja escolhida”.
As principais dificuldades dizem respeito à falta de materiais artísticos adequados ou de quaisquer outros materiais alternativos que pudessem substituir. Ao longo desse ano toda a produção artística desenvolvida na disciplina aconteceu com o uso da criatividade no limite e a real contribuição financeira desse professor. Cartolinas e telas para pintura foram compradas pelos alunos.










DESENVOLVIMENTO DO PROJETO “A IGREJA DO MEU BAIRRO”
1ª unidade:

O projeto “A Igreja do Meu Bairro” surgiu da necessidade de abordarmos temas ligados a História da Arte Medieval com nossas turmas de 7º ano do ensino fundamental. Nossa principal dificuldade era relacionar a produção artística do período medieval com a produção dos nossos alunos. Optamos por focar nossa análise no caráter sacro da produção medieval por ser essa a mais relevante característica da produção artística desse período. Refletimos e concluímos que observar e analisar as construções religiosas existentes em nossa comunidade, no nosso bairro, poderia gerar a ponte necessária para entendermos a arte cristã do período medieval. Esse projeto procurou relacionar o estudo da arte medieval com elementos artísticos atuais e adaptou esse estudo às modalidades artísticas que poderiam ser desenvolvidas pelas nossas turmas. O projeto foi executado durante todo o primeiro semestre de 2007 e ocupou duas unidades do ano letivo. (o ano letivo no colégio possui 04 unidades) Foram 20 encontros de noventa minutos cada sendo dez para a primeira etapa do projeto (pesquisa e relatório, desenho da igreja, ampliação e transferência para outro suporte maior, realização do mosaico com pequenos pedaços de papel), e dez para a etapa seguinte (transferência do desenho para a tela de pintura, realização da pintura em tela com tinta acrílica, acabamentos nos dois trabalhos, mosaico e pintura, moldura em ambos)
Nos dois primeiros encontros apresentamos o projeto e fizemos longa explanação sobre como seria sua realização e quais as funções e responsabilidade de cada aluno no projeto. Conversamos sobre a importância da arte em nossas vidas, de suas várias funções e categorias. Percebemos a permanente presença da arte ao longo de todas as civilizações da história e atentamos para o fato de que ela, a arte, exerceu funções diferentes em civilizações, povos e épocas diferentes. Se na Grécia clássica assim como no Renascimento italiano, se buscava um ideal de beleza, na Europa medieval sobre o poder da igreja católica a arte buscava exaltar a deus e evangelizar através das imagens de cristo e dos santos. Utilizamos recursos gráficos (reproduções de obras de arte: de pinturas, esculturas e arquitetura do período), recursos audiovisuais (materiais coletados na internet) e textos sobre o tema. Solicitamos aos alunos que realizassem pesquisas (textos e imagens) que abordassem a produção artística durante a Idade Média. No terceiro encontro, já com os alunos tendo em mãos as pesquisas realizadas, começamos buscando apontar uma definição para o termo arte românica. Concluímos tratar-se de um termo usado para classificar diversos estilos artísticos espalhados na Europa Ocidental durante os séculos XI e XII. Percebemos que a divisão de grande parte da Europa em feudos impossibilitava a formação de uma unidade política e, conseqüentemente, de uma unidade artística. Existiam vários estilos românicos que embora possuíssem elementos semelhantes, possuíam também um número bem maior de diferenças. Notamos que o único ponto comum entre as diversas manifestações artísticas classificadas como românicas era o mesmo sentimento religioso e concluímos que a arte românica foi uma arte essencialmente sacra, isto é, voltada para a igreja e para as coisas de Deus. Para entendermos melhor, no quarto encontro, utilizamos recursos audiovisuais: selecionamos cenas do filme “As Cruzadas” do diretor RIDLEY SCOTT, 2005, que ajudaram na compreensão da forte influência da religião na vida da população daquele período.
Os quatro encontros seguintes foram reservadas para a realização da atividade prática proposta. Considerando a forte influência da igreja, através da fé da população, na produção artistica e cultural do período estudado e tendo a arte esse carater pragmático, totalmente direcionada para a fé cristã, propomos a execução do projeto “A Igreja do Meu Bairro” objetivando relacionar nossa produção de arte, trabalhos dos alunos, com a produção de arte do período medieval. Nossa meta foi relacionar às construções religiosas atuais com as construções dos séculos XI e XII, para melhor entendermos, as construções religiosas do nosso bairro e da nossa cidade. O projeto permitiu também um olhar sobre os detalhes artísticos (arquitetônicos, pictórico e escultural) das igrejas de nosso bairro e de nossa cidade;
Os alunos fizeram uma visita a igreja do bairro onde residem, ou outra igreja escolhida por eles, para a coleta de informações (data da construção? qual santo é o padroeiro? quem foi o arquiteto? se tem pinturas, qual o artista? o que retratam? etc.). Essas informações compuseram um “Relatório de Pesquisa” que acompanhou o “Desenho da Igreja Pesquisada”. Essa outra etapa, desenho da igreja, os alunos realizaram sozinhos. Já em sala de aula realizamos a ampliação do desenho da igreja utilizando a técnica do quadriculado. Consistiu em quadricular a imagem (desenho da igreja feito pelo aluno) com pequenos quadrados de 1ou 2 centímetros. Esses quadrados foram numerados horizontalmente e verticalmente. Em seguida outra folha de papel de tamanho maior, foi quadriculada com o mesmo número de quadrados que o desenho, entretanto os quadrados foram maiores de 5 a 10 centímetros. Esses foram também numerados. Explicadas as relações entre o desenho da igreja feito e quadriculado pelo aluno e a folha maior quadriculada com quadrados maiores, teve início o trabalho de transferir/ampliando o desenho da igreja para a folha maior.
Essa parte prática foi dividida em três etapas:
• 1ª etapa – realização da pesquisa (visita a igreja). O objetivo foi coletar diversas informações: data da construção da igreja, padroeiro, etc. E a realização de desenho reproduzindo a igreja. Essa etapa os alunos realizaram sozinhos ou com a ajuda de familiares.

• A 2ª etapa consistiu no processo de quadricular o desenho da igreja realizado pelo aluno para uma posterior ampliação e transferencia para uma folha de papel maior (cartolina). Partimos para a ampliação da imagem. Essa etapa, realizada em sala de aula, foi acompanhada e orientada por nos, por exigiu do aluno atenção e respeito as proporções e formas das imagens. Após essa tarefa todos os alunos das turmas haviam ampliado a imagem, segundo suas possibilidades e domínio técnico de desenho.

• A 3ª etapa consistiu no preenchimento da imagem com pequenos pedaços de papéis coloridos que foram reaproveitados de revistas antigas. Iniciamos separando as cores por tons diferentes o que permitiu uma variação cromática da mesma cor gerando uma atmosfera dinânica nas obras produzidas.
Os dois próximos encontros foram reservados à apresentação e análise dos trabalhos e à avaliação escrita. Apresentação: um a um, os alunos apresentaram seus relatórios de visita, falaram sobre a localização da igreja e contaram detalhes e curiosidades sobre a mesma. Enquanto apresentavam o relatório um colega segurava o o desenho e o mosaico da igreja feitos pelo aluno. Foi bastante interessante essa etapa pois permitiu a todos conhecer as diversas igrejas espalhadas pelos bairros da grande Aracaju. Enquanto eram apresentadas, as ilustarções e os relatorios, arrancaram dos colegas diversos comentários muitos se manifestavam acerca de conhecer, frequentar ou já ter passando em frente as igrejas apresentadas. (Nesta etapa os mosaico não estavam ainda emoldurados). Foram essas as etapas da avaliação na I unidade:
• Pesquisa individual sobre a arte medieval. Analise e discursão dos dados encontratos apontando as principais características da arte desse período;
• Visita a igreja, produção do relatório de visita e desenho da igreja;
• Ampliação do desenho da igreja para outro suporte maior (folha de cartolina) e a posterior realização de mosaico com pequenos pedaços de papéis coloridos reaproveitados de revistas antigas;
• Apresentação e análise da obra produzida para toda a turma;
• Prova: questões objetivas e subjetivas que versaram sobre o conteúdo estudado;
2ª Unidade:
A II unidade começou com certa ansiedade por parte dos alunos pela execução da pintura em tela. No décimo primeiro encontro, começamos falado sobre as diferentes técnicas de pintura e contextualizamos essas técnicas de acordo com seus surgimentos. Percemos que durante a Idade Média a pintura a têmpera era a mais utilizada na confecção dos afrescos. (A têmpera é um método de pintura no qual os pigmentos de terra são misturados a um “colante”, uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou leite)). Apresentadas as técnicas, demoramos mais nas explicações sobre a pintura com tinta acrílica pois essa foi a escolhida por nos. Atentamos para o uso do solvente, o tempo de secagem, o cuidado com a farda da escola para não sujar, a limpeza do espaço físico da sala, a distribuição do material artístico e tudo mais relativo a execução da atividade.
Os sete encontros seguinte foram reeservados a transferência do desenho da igreja para a tela de pintura e a realização da pintura. É interessante citarmos alguns fatos, resultado da boa fé do professor, que atrapalharam um pouco o desenvolvimento da atividade. A proposta do projeto foi apresentada aos alunos e discutidas com eles que aceitaram participar e se comprometeram a comprar o material que iríamos utilizar já que o laboratório de arte da escola não dispunha de materiais nem o colégio de recursos que podessem arcar com as despazas. Explicamos que as atividades propostas necessitariam de poucos recursos. (uma folha de cartolina, cola, revitas antigas, tesousas, pincéis, tinta acrílica e uma tela de pintura). O gasto maior seria com a tela de pintura e as tintas. Optamos então por utilizar tinta latex branca como base e corantes para tinta latex que foram adcionados a tinta branca e formaram as cores que iríamos precisar. Essa tarefa exigiu tempo, disciplina e muita paciência por perte desse professor. Providenciamos vasilhames de tamanhos diferentes (pequenos podes de vidro e plástico que os alunos trouxeram de casa) e dividimos as cores e os direntes tons. (a tinta latex e os corantes foram comprados pelo professor restando para os alunos somente a compra da tela e alguns pincéis que seriam somados que os que possuíamos na sala de arte). Paletas e vazilhames para a água foram buscados em nosso sucatário.
Na data marcada para o início da pintura a surpresa! Agindo de boa fé não especificamos o tamanho mínimo para as telas de pintura e o que vimos foi que alguns alunos trouxeram tela de tamanho muito pequeno. Telas de 20x30 (até menores) quando esperavamos um minimo de 30x40. (justificaram, na maioria, falta de recursos e, alguns, não ter encontrado outro tamanho no comércio) esse fato exigiu a redução e não a ampliação de alguns desenhos. Após a transferência do desenho para a tela iniciamos a pintura. A diferença de tamanho das telas fez com que alguns alunos terminassem mais rapidamente seus trabalhos e outros precissassem de vários encontros e horários de atendimento da disciplina. Encerrada essa etapa passamos aos acabamentos nos trabalhos, foram emoldurados com tiras de papel branco e papel madeira (o branco formando o paspatur e o papel madeira formando a moldura do trabalho). E as telas foram emolduradas com rolinhos de papel ou outras soluções sempre com papel. Todo esse zelo com o acabamento dos trabalhos deve-se ao fato de que toda a produção anual dos alunos é apresentada no final do ano durante a realização da “MOSTRARTE” mostra de arte do colégio e que foi criada por nós no ano de 2006 e inserida na jornada cultural e cintífica do colégio.
Os dois últimos encontros reservados para esse projeto consistiu na apresentação e análise dos trabalhos. A nota da II unidade foi atribuída a partir da avaliação acompanhada, onde o aluno foi avaliado individualmente a cada aula, objetivando analisar o seu desenvolvimento e a participação do mesmo, nas atividades e tarefas propostas, assim como, a conclusão e a apresentação da obra criada.

CONCLUSÃO

Nosso objetivo foi estimular o aluno a perceber a arquitetura das igrejas católicas próximas a sua residência e ou de outros bairros, relacionar essas construções atuais com as construções dos séculos XI e XII, conhecer essas construções e voltar o olhar para os detalhes artísticos (arquitetônicos, pictórico e escultural) dessas igrejas e produzir trabalhos artísticos (desenhos, colagens e pinturas) tendo como inspiração as construções sacras do seu bairro e da sua cidade. Refletimos e concluímos que observar e analisar as construções religiosas existentes em nossa comunidade, no nosso bairro, poderia gerar a ponte necessária para entendermos a arte cristã do período medieval. Outro ponto foi levar o aluno a perceber ( semelhanças e diferenças) ( desenvolver o olhar para ) a arquitetura das igrejas católicas próximas a sua residência e ou de outros bairros. É interessante salientar que o resultado final obtido na confecção dos trabalhos apresentou domínio técnico de desenho, boas composições e disciplina na separação das cores e execução dos mosaicos por um número significativo de alunos, entretanto, alguns apresentaram limitação e timidez em relação a linguagem do desenho e falta de disciplina na separação das cores e confecção dos mosaicos. Alguns supreenderam pela extrema capacidade de reprodução na execução do desenho e na criação do mosaico e outros supreenderam pela falta dessas mesmas qualidades e apresentaram trabalhos que se afastaram muito do modelo. A prova escrita conteve questões dissertativas que exigiram dos alunos a capacidade de escrever seguindo um raciocínio lógico e questões objetivas de verdadeiro ou falso, ambas sobre a arte no período medieval, correspondendo a 50% do valor total da nota da primeira unidade. Essas provas escritas foram individuais e visaram avaliar a aprendizagem dos aspectos relativos à história da arte. Os outros 50% da nota foi a avaliação acompanhada onde o aluno foi avaliado individualmente a cada aula, objetivando analisar o seu desenvolvimento e a participação do mesmo, nas atividades e tarefas propostas, assim como, a conclusão e a apresentação da obra criada.






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2 Comentários:

Às 11 de abril de 2010 às 11:41 , Blogger Profª Roberta Bacellar disse...

Meus parabéns, uma iniciativa dessas que faltava para que nos inspirássemos e tomássemos coragem de seguir em frente, assim como você! amei todos os trabalhos e a possibilidade óbvia da aplicação em sala de aula.

 
Às 23 de janeiro de 2011 às 06:45 , Blogger Josandra Rupf disse...

LINDO O SEU TRABALHO. PARABÉNS ... JÁ ESTOU TE SEGUINDO......

BEIJINHOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

 

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